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Barbie e Mattel, Vem para cá, entender de forma leve como manter uma marca corporativa viva!

Atualizado: 23 de out. de 2023

Deixei passar de propósito a onda de Barbie para não dar spoiler naquele momento em que muitas pessoas ainda não tinham assistido o filme. Mas esse tempo foi bom para trazer para vocês uma análise mais aprofundada sobre o caso.

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Vem para cá, entender de forma leve como manter uma marca corporativa viva!

Morte e vida

  • O que tira Barbie da inércia no início do filme?

No meio de uma coreografia ensaiada numa pool party, Barbie foge completamente do comportamento padrão (que pressupõe estar sempre feliz e alienada do que ocorre no mundo dos humanos). E pergunta em voz alta:





“Vocês já pensaram em morte?”


=>Uma corporação precisa sempre ter olhos para o passado e para o futuro e se perguntar:

Estamos perto do fim? Que legado queremos deixar? Se não queremos morrer agora, como permanecer vivos?

Começar por dentro

A partir daí, outras “não conformidades” se somam para o desespero da personagem:

  • os pés agora pisam inteiros no chão - uma metáfora de ser realista, ver as coisas como são.

  • surge a primeira celulite - símbolo do corpo real e do desconforto da mulher ao lidar com esse corpo que não corresponde ao ideal de perfeição.

Barbie a ajuda da sábia “Barbie Esquisita”. Começa assim sua jornada de autoconhecimento através do mundo humano.

=> Essa é a 1a etapa de uma estratégia de branding/ rebranding: mergulhar fundo para entender cenário, contexto, ambiente interno e externo. No caminho, uma empresa atenta pode perceber necessidade de realizar transformações mais profundas do que as expectativas iniciais. E precisa ter coragem para sustentar essa guinada até o fim.

Humanizar


Na parte final do filme, a criadora da Barbie, Ruth Handler mostra para a Barbie o que é a vida humana em sua complexidade e ambivalência (alegrias, tristezas, lutos, realizações, amores, desamores…).


Após tomar consciência do que é a vida, Barbie decide se tornar humana.

E o que é estar viva, senão se dispor a se conectar com outros seres humanos e experimentar essa infinitude de vivências e sentimentos?


=> Assim fez a Mattel, quando decidiu expor suas vulnerabilidades e assumir que seu produto principal estava desconectado das questões do mundo real.

A personagem do CEO, retrata o estereótipo do empresário clássico: desumanizado, desinteressado pelos seres humanos, incapaz de ouvir, fechado para ideias e perspectivas diversas.

Novo mundo, nova marca


Ao se tornar humana, Barbie afirma:

“Quero ser quem tem a ideia, e não a ideia”

A mudança de papel de criatura para o papel de criadora surpreende até mesmo Ruth, a criadora! Agora Barbie pode tudo!

=> Não é exatamente isso que a Mattel está nos dizendo agora?

Em entrevista grandes nomes da Mattel afirmaram que “a Mattel não quer mais ser uma fábrica de brinquedos, mas uma produtora de conteúdo”.

Narra que amarra

É a narrativa que amarra começo, meio e fim do filme, assim como é a narrativa de marca que torna a Mattel tão interessante neste momento.

A Mattel fez isso, conectando sua história com a história das mulheres nos últimos 100 anos.

Escolheu um tema de grande relevância para seu público e o debateu profundamente através de um filme e toda a sua cadeia. Mattel foi arrojada e criou conexão forte com milhares de pessoas em todo o mundo.

Em poucos dias, a marca conseguiu que 3 gerações de mulheres (e também os homens) falem de seu principal produto! É sobre isso: entender o que tem valor para o seu público e tomar para si causas que mobilizam milhares de pessoas.


Quer saber mais sobre a estratégia da Mattel? E sobre rebranding?


Acompanhe meus conteúdos na STB e nos meus canais.


 
 
 

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